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Tireoide na
prática clínica:

o que todo mundo precisa saber

Disfunções tireoidianas, sobretudo o hipotireoidismo e o hipertireoidismo, são comuns na prática clínica, afetando até 10% da população mundial. Reconhecer manifestações sistêmicas e atípicas é fundamental. A identificação precoce de sinais indiretos por médicos de todas as especialidades é crucial para o manejo adequado dessas condições.

Hipotireoidismo

Causas mais frequentes:

Em áreas suficientes em iodo, a causa mais comum é a tireoidite autoimune crônica, conhecida como tireoidite de Hashimoto.

Deficiência de iodo.

Uso de medicamentos como amiodarona e lítio.

Manifestações clínicas variam conforme o sistema acometido:

Cardiologia: bradicardia, insuficiência cardíaca diastólica, dislipidemia.

Ginecologia: irregularidades menstruais, infertilidade.

Psiquiatria: depressão, apatia, lentificação psicomotora.

Neurologia: comprometimento de memória e lentificação cognitiva.

Geriatria: fadiga, ganho ponderal, hipotermia, sonolência.

Dermatologia: pele seca, fria e áspera, alopécia difusa (inclusive da cauda das sobrancelhas), unhas frágeis.

*Sintomas em idosos podem ser atípicos, levando à subestimação da doença.

Hipertireoidismo

Causas mais frequentes:

Produção excessiva de T3 e T4

Doença de Graves

Bócio multinodular tóxico

Principais manifestações clínicas:

Cardiologia: taquicardia, hipertensão sistólica, fibrilação atrial.

Ginecologia: ciclos menstruais irregulares, infertilidade.

Psiquiatria: ansiedade, irritabilidade, insônia.

Neurologia: tremores finos, miopatia proximal.

Geriatria: perda ponderal inexplicada, agitação, delirium.

Dermatologia: pele quente, fina e úmida, eritema palmar, onicólise (descolamento ungueal).

*Nos idosos, o hipertireoidismo pode apresentar-se como quadro de apatia ou arritmias isoladas (hipertireoidismo apático).

Diagnóstico: Quando suspeitar e como investigar

A triagem laboratorial de disfunções tireoidianas é direta e inclui:

TSH: principal marcador de função tireoidiana.

T4 livre: para avaliação adicional em casos de TSH alterado.

Anticorpos anti-TPO e TRAb: para investigação etiológica de hipotireoidismo autoimune ou Doença de Graves.

Interpretação básica dos exames:

A triagem laboratorial de disfunções tireoidianas é direta e inclui:

Em situações críticas, como internação em unidades de terapia intensiva, é possível ocorrer a Síndrome do Doente Eutireoideo, caracterizada por alterações hormonais sem disfunção tireoidiana primária.

Encaminhamento ao endocrinologista

Após diagnóstico inicial de hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

Disfunções tireoidianas diagnosticadas na gestação.

Presença de nódulos tireoidianos com características suspeitas ou crescimento.

Tireoidites agudas ou subagudas com dor cervical importante e sinais sistêmicos.

Dúvidas quanto ao manejo de disfunções subclínicas.

O médico não especialista desempenha um papel crucial no rastreamento, diagnóstico inicial e monitoramento da adesão terapêutica.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado de alterações tireoidianas impactam positivamente a qualidade de vida e reduzem morbimortalidade. Manter a vigilância clínica sobre manifestações discretas pode ser determinante para o prognóstico.

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