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Perfil lipídico sem
jejum no cálculo do
risco cardiovascular

Artigo Comentado
Worldwide Increasing Use of Nonfasting Rather Than Fasting
Lipid Profiles Clinical Chemistry 70:7, 911-33, 2024


Por Dr Helio Magarinos Torres Filho
Diretor Médico do Richet Medicina e Diagnóstico

Revisão sistemática de grandes estudos
populacionais e diretrizes médicas globais:

Comenta sobre a crescente aceitação dos perfis lipídicos sem jejum para avaliação do risco cardiovascular.

Discutiu os benefícios e a eficácia da análise de lipídeos e lipoproteinas séricos sem jejum.

Adoção Global A partir de 2009, diversos países começaram a adotar o uso de perfis lipídicos sem jejum, entre eles o Brasil, os EUA e países da Europa, seguindo recomendações de importantes sociedades médicas.

Vantagens Práticas Para os pacientes, realizar o exame sem jejum é mais conveniente, pois elimina a necessidade de jejuar antes da coleta de sangue. Isso economiza tempo e evita a necessidade de visitas repetidas aos laboratórios. Para médicos e laboratórios, esse processo também facilita o fluxo de trabalho e a eficiência do atendimento.

Resultados Equivalentes ou Superiores A variação nos níveis de lipídios e lipoproteínas após uma refeição normal é mínima, o que torna os perfis sem jejum tão eficazes, ou até superiores, para predizer o risco cardiovascular. Isso foi comprovado pelo estudo realizado na Dinamarca, que avaliou milhares de indivíduos e concluiu que os exames sem jejum são igualmente precisos.

Redução de Custos e Maior Aderência A adesão dos pacientes aos programas de prevenção cardiovascular e reduz custos, já que diminui a necessidade de repetição de exames e visitas adicionais. Essa abordagem é especialmente benéfica para grupos de risco, como idosos e diabéticos, que podem evitar o risco de hipoglicemia durante o jejum.

Modernização das Técnicas de Medição Com o avanço de métodos como o Martin-Hopkins que ajusta a fórmula de Friedewald com base em variáveis específicas de cada paciente, os exames de LDL-C se tornaram mais precisos, mesmo em estado não jejuado. Isso é particularmente relevante no contexto da medicina de precisão, que foca em diagnósticos mais individualizados​. O método de cálculo Martin-Hopkins ainda não é adotado na grande maioria dos laboratórios clínicos brasileiros, podendo ser tema de maiores discussões futuras.

Recomendações Futuras O estudo propõe que diretrizes médicas em todo o mundo incentivem o uso de perfis lipídicos sem jejum para todas as idades e condições, incluindo pacientes com hipertrigliceridemia severa.

Recomendações:

Uso Ampliado: O artigo defende que mais países adotem perfis sem jejum, com diretrizes nacionais que facilitem a implementação dessa prática em laboratórios e clínicas.

Recomendações no Brasil: Desde 2017, o Brasil já recomenda o uso de perfis lipídicos sem jejum, endossado por várias sociedades médicas, como a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC/ML) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Eles sugerem a realização inicial de exames sem jejum, com repetição em jejum apenas se os níveis de triglicerídeos forem superiores a 440 mg/dL​

Dr. Helio Magarinos Torres Filho
Diretor Médico do Richet Medicina & Diagnóstico
CRM 52.47173-0
Artigo completo e leitura sugerida
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